Obra prima, primavera.
Peito em tela branca,
pinta um novo desejo
num jogo de sombras e cores.
Nada mais abstrato,
nada mais belo
que as obras que assino
e nomeio
amores.
rascunhos na mente,
rabisco,
apago,
rabisco,
apago,
insisto,
desisto.
Nenhuma expressão conteria,
nenhum desenho,
nenhuma poesia.
Monalisas em papel picado jogadas no lixo.
Leonardos não conheceram o divino pecado do teu sorriso.
Espalha as nuvens em um sopro,
enche meu sexo de azul.
Dia lindo,
primavera no quarto,
flor de lótus se abrindo
em teu corpo nu.