Não entendo.
Sempre fui o cara encostado na parede.
Não entendo,
Por que quero te tirar pra dançar?
Sempre me contentei com o silêncio da poesia.
Não entendo,
Por que nessa sinto e penso faltar melodia?
Sempre dei flores as minhas paqueras.
Não entendo,
Não posso as roubar do vizinho
Não posso as tirar de seus galhos.
Você se parece com elas.
Sempre costume escrever a alguém.
Não entendo,
Parece a primeira.
Não escrevi a ninguém?
Sempre
pra sempre
o querer
sempre mais.
Hoje
me basta
no agora
a tua paz.