CONDENAÇÃO
JB Xavier
Absolvo minhas mãos, por te buscarem.
Que culpa posso imputá-las,
Se as seduziste com tua pele perfumada,
Oferecendo-a a elas, para a acariciarem?
Meus olhos estão igualmente absolvidos
Não os posso culpar
Por insistirem em enxergar
Teu rosto em momentos tão bem vividos...
E que culpa podem ter os lábios meus
Por sentirem ainda o gosto de teus beijos,
A carícia sussurrada entre os desejos
Quando percorriam docemente os lábios teus?
E por insistirem em ouvir ainda a melodia de tua voz
Deverei condenar os meus ouvidos?
Não posso culpá-los por ouvirem teus risos divertidos
E tudo o que foi dito entre nós...
Absolvo igualmente o vento, que ainda insiste
Em me trazer teu perfume delicado
Nas asas de um lufar calmo e adocicado
Apenas para me relembrar que o amor existe...
E meu pensamento? Deveria eu condená-lo,
Apenas porque se rendeu aos teus encantos?
Somente porque chorou por ti todos os prantos
E mesmo assim, nunca chegaste a amá-lo?
De tudo, resta ainda meu coração,
O único condenado às condenações que invento,
Ele, que insiste em estar contigo a todo momento,
Sorrindo, numa felicidade triste por esta bendita condenação!
* * *
JB Xavier
Absolvo minhas mãos, por te buscarem.
Que culpa posso imputá-las,
Se as seduziste com tua pele perfumada,
Oferecendo-a a elas, para a acariciarem?
Meus olhos estão igualmente absolvidos
Não os posso culpar
Por insistirem em enxergar
Teu rosto em momentos tão bem vividos...
E que culpa podem ter os lábios meus
Por sentirem ainda o gosto de teus beijos,
A carícia sussurrada entre os desejos
Quando percorriam docemente os lábios teus?
E por insistirem em ouvir ainda a melodia de tua voz
Deverei condenar os meus ouvidos?
Não posso culpá-los por ouvirem teus risos divertidos
E tudo o que foi dito entre nós...
Absolvo igualmente o vento, que ainda insiste
Em me trazer teu perfume delicado
Nas asas de um lufar calmo e adocicado
Apenas para me relembrar que o amor existe...
E meu pensamento? Deveria eu condená-lo,
Apenas porque se rendeu aos teus encantos?
Somente porque chorou por ti todos os prantos
E mesmo assim, nunca chegaste a amá-lo?
De tudo, resta ainda meu coração,
O único condenado às condenações que invento,
Ele, que insiste em estar contigo a todo momento,
Sorrindo, numa felicidade triste por esta bendita condenação!
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