Que assim seja... Paixão
Em meio ao silêncio
Versos, introspecção, magia...
Sobre a pureza das pautas
A arte de voar com as mãos plantadas
No chão de giz, no estreito d’alma!
Dos incontidos desejos,
A força da maré afagando a areia
Escrevendo em celibatos toda cor
Do olhar descrito pelas entrelinhas
Melancólicas, macias, n’um beijo de amor!
Incontáveis palavras
Declinam-se por pedaços e retalhos,
Papiro oriente, papel ocidente,
Revelando em amiúdes retratos
O peito em canção, d’um colo melodia!
Doce celeiro do céu, d’onde
Anjos e alados corcéis navegam
Em suas carruagens trazendo do amor,
Toda tela de amar, de amar ao nu da palavra
Murmurada à penumbra, ao beber da pele,
Que assim seja... Paixão!
18/08/2013
Porto Alegre - RS