Inquietude

Acordo pela manhã,

Sentido uma sensação estranha.

Não me ative só a ela,

Mas algo insiste em me incomodar.

Deixando meus pensamentos,

Em desordem.

Logo tenho que destes tormentos,

Despertar-me.

Espreguiço-me na cama,

Como se o meu corpo gritasse.

Logo alguém me chama,

E num aspecto de sono levanto.

Na birra dos meus desejos,

Que faz o meu corpo tremer.

Abraço ao seu travesseiro,

Na insistência de te querer.

Vou ao meu quente banho.

Na esperança de tentar quebrar,

O gelo de me sentir sozinho,

Nas minhas madrugadas.

Ligo o chuveiro,

E a ele me entrego.

Simplesmente choro,

Na dor do meu silencio.

Banho acabado,

Choro sufocado.

Pensamento calado,

Corpo ainda molhado.

Envolvo-me na solidão de um roupão,

Que protege com ternura o meu nu.

No ritmo descompassado do coração,

Lembro-me de um amor que fugiu.

Não deixo que essa inquietude,

Se prolongue por mais tempo.

Meu corpo já aquecido e seco,

No calor do majestoso sol.

Já na mesa do desjejum,

Os divinos sabores da vida.

Degusto de cada desejo,

Nas doces lembranças.

Ainda naquela nostalgia,

Conduzido por algumas fantasias.

A saudade me angustia,

Mas mesmo assim sinto sua magia.

Num belo sorrir,

Transbordante de alegria.

Sinto em mim abrir,

As cores das loucuras.

E com o pensamento em ti,

Saiu para caminhar.

Percebo-me todo bobo aqui,

Desejando te amar.

Curto o dia,

Na felicidade do amanhã.

Sinto a tarde,

Com a seu calo me acompanhar.

Me preparo para sua chegada,

Mas ela chega bem de mansinho.

Que trás como companhia,

As estrelas e o luar esplêndido.

E assim ela chega,

Vestida num negro e brilhante decote.

E logo me fascina,

Na penumbra da minha noite inquietante.

E assim segue a madrugada fria,

Num cenário belo.

Sempre nesta minha triste espera,

Por quem eu quero.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 18/08/2013
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