Sorriso viajante

Na tempestade vespertina de Belém

caem as mangas que restam na Nazaré,

se despedem os vendedores de São Brás

e o encarnado da roseira que Marco aqui.

Na tempestade vespertina de Belém

os meninos espocam a pular nas ruas,

as mães berram no solapo dos trovões

e o riso corre, parando o tempo agora.

Na tempestade vespertina de Belém

o raio é instante perene de luz e suor

onde a água caindo beija o chão de calor.

Na tempestade vespertina de Belém

não se curva o vagomundo do Bosque,

ouço distante, é a flor morena de Icoaraci.

Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.verdadematitude.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 17/08/2013
Reeditado em 18/08/2013
Código do texto: T4439435
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.