Sorriso viajante
Na tempestade vespertina de Belém
caem as mangas que restam na Nazaré,
se despedem os vendedores de São Brás
e o encarnado da roseira que Marco aqui.
Na tempestade vespertina de Belém
os meninos espocam a pular nas ruas,
as mães berram no solapo dos trovões
e o riso corre, parando o tempo agora.
Na tempestade vespertina de Belém
o raio é instante perene de luz e suor
onde a água caindo beija o chão de calor.
Na tempestade vespertina de Belém
não se curva o vagomundo do Bosque,
ouço distante, é a flor morena de Icoaraci.
Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.verdadematitude.com.br).