Vazio cinza
Vazio cinza
É no vazio estranho dessa noite,
sem cor, sem luz, muda, calada,
me dissolvo cumprindo o meu tormento
em tristeza emergida em lamento.
Destes dias escuros cheios de sombras
que embrutece as pedras e o rio
as nuvens cheias de negro correm,
céleres, em revoada, num céu frio.
Ouvi historias de almas caídas,
sem alento, sem memoria, no compasso
distante da historia, nas eras perdidas.
E os relutantes passaram pela margem,
levados pela disfarçada sombria imagem,
minha alma também perdeu-se, esta lá.
Lakshmi
(L.T.)