COCHA DE RETALHOS
Oh! Bela moça – dona dos meus sonhos dourados!
Teu perfume de jasmim...
Ainda, se encontra em mim!
Tua imagem... povoa meus afagos...
Por quê, me deixas assim?
Com os pensamentos embaraçados!
Por quê? Não me dissestes, sim?
Quando fostes... deixastes-me, aos frangalhos
Oh! Moça! Meu coração não é uma cocha de retalhos!
Dos beijos d’antes...
Dos momentos mágicos de ternura
Do encanto da tua formosura
Das juras... de amantes
Do regozijo da gostosura
Das lembranças de antes...
Da sua feição de belezura
Dos nossos momentos de adolescentes...
Esvoaçaram-se... nas brumas delirantes...
Mesmo... com teu novo semblante...
Redesenhado pelos caminhos percorridos
Aos anos vividos...
Pr’aquela dama intrigante
Fiz juras de amor... Oh! Tempos passados!
Ainda, te espero com o mesmo ramalhete!
Pronto a caminhar contigo pelos vales longínquos...
Oh! Moça sexagenária... te amo... como antes!...
Passaram-se... os anos... mais ainda te vejo, nos sonhos...