Solidão
Pingos de chuva batendo na janela,
Tiram-me por momentos da inerte solidão,
Que amargo triste sem achar saída,
Que acalante o meu coração,
Recordando-lhe ainda tão presente,
Sinto por momentos seus lábios ardentes,
Entreabertos desejando meus beijos,
Em doces anseios de louca paixão,
E em desvairados instantes de saudade,
Vem-me o pranto e a dor do abandono,
E as minhas lágrimas tal como a chuva que caí,
Inundam-me a alma e me tiram o sono,
Vejo passar os segundos, minutos e horas,
E a madrugada deixar raiar mais um dia,
Que com certeza me trará mais lembranças,
Do louco amor que tinha e foi-se embora,
Deixando-me de herança a dor da melancolia,
Tão forte dói-me esta sua ausência,
Que acredito que mesmo que apareça,
Em minha vida uma nova paixão,
Não conseguirá suprir toda a saudade,
Que até hoje arde em chamas,
O mais profundo em meu coração.
Gutemberg Landi
14.07.2013