NÓS DOIS, MORREMOS...


 Uma ilusão, quase incontida,
são os retratos de uma vida,
percorrem os sentidos meus...
Não vão embora com os ventos,
lembranças dos pensamentos,
dos instantes, que dissemos adeus...

Uma infinidade, cada segundo,
cada um seguiu para seu mundo...
-Que sejam felizes os caminhos seus...

Entre nós, matamos a palavra voltar,
embora vi, tanta tristeza em seu olhar,
a última vez, nossos olhares cruzamos...
Tivemos na tarde, numa encruzilhada,
cada um seguiu, por uma erma estrada,
acredito, que sozinhos, nós dois choramos...

Agora, em diferentes caminhos,
em outros desconhecidos ninhos,
lembraremos, que um dia, amamos...

Olharemos para trás, para o passado rever?
O que nunca mais voltará a acontecer,
nunca cumprimos o que tanto prometemos...
Cada um foi para o outro, a vida, fomos amor,
fui em sua vida, um pássaro, seu beija flor,
choram os corações, uma dor que não vemos...

A angústia, que invade a alma,
não existe o remédio, que acalma,
sem saber, nós dois morremos....

O amor, que não foi morto, naquele momento,
deixou me de felicidades, e de alegrias, isento,
chorou meu coração, que te amava tanto...
Após ver  minha ilusão  toda perdida,
não á mais motivos, para viver a vida,
tenho alma e o coração, unidos num pranto...

Nunca mais juntos, olharemos a lua...
Não andaremos, abraçados pela rua...
Só tristezas, cobre me, esse negro manto...
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 14/08/2013
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