O BEIJO DE DANILO

Se o beijo teu, Danilo,

dão-te ares de rapino.

Vá, e me furte em delírios!

Deva eu, ser teu delito.

O beijo teu,

é meu assombro,

espanto e encanto.

logras, defloras-me,

num segundo de quebranto.

Poeta do beijo profano!

Danilo de onde vens?

Teu carisma de demônio.

Teu beijo de arcanjo.

Porque te adoro, oh príncipe diabo!

Te encostas à barba,

sob minha pele e alma fracas,

como eu fosse à praga

no arrebol da tua cala.

Invoco-te,

rebelde,

às águas milenares,

dos Tigres e Eufrates

sem destinos!

Mas afogada neste beijo,

torno parte do teu Nilo.

RODRIGO PINTO
Enviado por RODRIGO PINTO em 09/04/2007
Código do texto: T443318