O BEIJO DE DANILO
Se o beijo teu, Danilo,
dão-te ares de rapino.
Vá, e me furte em delírios!
Deva eu, ser teu delito.
O beijo teu,
é meu assombro,
espanto e encanto.
logras, defloras-me,
num segundo de quebranto.
Poeta do beijo profano!
Danilo de onde vens?
Teu carisma de demônio.
Teu beijo de arcanjo.
Porque te adoro, oh príncipe diabo!
Te encostas à barba,
sob minha pele e alma fracas,
como eu fosse à praga
no arrebol da tua cala.
Invoco-te,
rebelde,
às águas milenares,
dos Tigres e Eufrates
sem destinos!
Mas afogada neste beijo,
torno parte do teu Nilo.