pão de todos os dias

amo

como quem ceiva o trigo

na espera do pão

ao acaso do tempo

amo

como quem unta a superfície

e retira excessos entre os dedos

sem desperdício da massa

amo

como quem admira os estalidos

e a madeira que logo flama o aroma

abraçando o ar

amo

como quem gera

e lentamente saciada

compreende-se artesã.

Karinne Santiago
Enviado por Karinne Santiago em 13/08/2013
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