pão de todos os dias
amo
como quem ceiva o trigo
na espera do pão
ao acaso do tempo
amo
como quem unta a superfície
e retira excessos entre os dedos
sem desperdício da massa
amo
como quem admira os estalidos
e a madeira que logo flama o aroma
abraçando o ar
amo
como quem gera
e lentamente saciada
compreende-se artesã.