Amor de Primavera
Tombei no meio do caminho
um cesto cheios de sentimentos,
ramificou floresceu...
Tomada pelo encanto, caminhava extasiada,
em transe, dar-se o ar da graça da brisa
nas madeixas, caindo no colo desnudando o opróbrio.
Apalpava o cedro, espezinhava o jasmim,
avinhada, inflamada, um toque sutil floral amadeirado.
Ouvia-se a explosão das gotículas de orvalho,
no encontro do nu ao cetim.
Desfalecida...exausta...envolto as folhas...
Dar-ei-me de novo há de prover a nova estação.
(2005)