AS RUÍNAS DO AMOR
Bem vindos as grandes ruínas do amor,
Hoje tomadas por um imenso jardim sem flor,
Apenas folhas caídas ao chão,
Não mais habitada pelo amor,
Tiveram suas paisagens moldadas por sua nova imperatriz,
Foram alimentadas e irrigadas pela dor.
Imperando audaz o jardim que fora do amor,
Cultivando exóticas plantas xerófitas,
Ocultas até do luar,
Pois teme... E sabe...
Um dia o amor há de voltar...
Trazendo de volta os raios de sol,
Devolvendo a transpiração,
Fazendo brotar olhos d’agua,
Onde a aridez fora implantada,
Sepultando as ruínas e fazendo renascer edificações
Tao imponentes,
Tal qual o cume dos seios de sua amada.
Gomes