Balé do Amor
    Primeiro e único ato.

 
Na timidez límpida da infância,
em pedaços de papel a rabiscar.
O mesmo rosto surgia em constancia,
uma criança nobre... intuito de amar.
 
Alegria... maior aliada da vontade,
a falta nunca deixou transparecer.
O sonho tornar-se-ia em realidade,
no ápice do tempo certo de crescer.
 
O mesmo sonho em compasso emergindo
e em cada passo, um semblante aflorando.
Como um jardim em mutação reflorindo,
colorindo a alma... felicidade inundando.
 
Chegada a hora de o sonho maior acontecer.
A consciência do homem, na infância foi buscar.
Aquele rosto de papel ressurge para enaltecer,
despertando com veemência o desejo de amar.
 
Surge o encontro... olhos, mente e coração.
Em realidade chegou ao seu merecimento,
desde a infância rabiscou o rosto da paixão,
que não se perdeu no tempo do crescimento.

E não se perdeu mesmo com o crescimento,
mas tambem não se encontrou com a realidade.
Perdeu-se... seguiu sem rumo no vento.
Incognita... sonho de criança será verdade?
Hique
Enviado por Hique em 12/08/2013
Reeditado em 17/09/2013
Código do texto: T4431588
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