Criminosa (O crime do amor)

De todos os crimes que pela vida cometi,

um deles foi publicado e não me foi perdoado;

e este ser tão criminoso foi perpetuamente condenado

a amar, e amar verdadeiramente...

Condenaste-me a te incluir em meus sonhos

e me aprisionaste-me num caloroso abraço;

e, nas poucas tentativas de fuga que eu faço,

teu beijo converte-se em cadeado da minha prisão.

Sou rebelde, brigo, duvido, odeio, ignoro;

mas também me resigno, amo, me entrego e adoro

naquilo que já é e sempre será justamente teu,

naquilo que eu já considero destino muito meu.

E eu me culpo, confessa e apaixonada,

autora dessa loucura destrambelhada

que me implode de fogo, ternura, calmaria e dor.

Um crime grave e tenebroso classificado de "amor"...

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 09/04/2007
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