Criminosa (O crime do amor)
De todos os crimes que pela vida cometi,
um deles foi publicado e não me foi perdoado;
e este ser tão criminoso foi perpetuamente condenado
a amar, e amar verdadeiramente...
Condenaste-me a te incluir em meus sonhos
e me aprisionaste-me num caloroso abraço;
e, nas poucas tentativas de fuga que eu faço,
teu beijo converte-se em cadeado da minha prisão.
Sou rebelde, brigo, duvido, odeio, ignoro;
mas também me resigno, amo, me entrego e adoro
naquilo que já é e sempre será justamente teu,
naquilo que eu já considero destino muito meu.
E eu me culpo, confessa e apaixonada,
autora dessa loucura destrambelhada
que me implode de fogo, ternura, calmaria e dor.
Um crime grave e tenebroso classificado de "amor"...