Breu,
Eis que um dia o brilho cessou...
calmo e sereno como o riacho
fez-se presente na torrente ansiosa de minha busca
um oceano de gestos vis.
Aquele corpo desfeito de beleza,
de pele clara, fartos impulsos
morreu.
Do sorriso elegante e de palavras certas,
de gestos convictos e verdades nem tanto
nada ficou, senão o vazio.
Era fim de manhã, apenas ficou.
O meio dia chegou e numa dessas
eu vi que nada era puro.
Mentiras. Omissões. Outra pessoa.
Nem Deus escapou imune,
pois, até Ele enrubesceu.
De ato em ato
as palavras ditas
se maldisseram...
Apagou a luz. O brilho se foi
Morreu o encanto.
Descanse em paz.