Breu,

Eis que um dia o brilho cessou...

calmo e sereno como o riacho

fez-se presente na torrente ansiosa de minha busca

um oceano de gestos vis.

Aquele corpo desfeito de beleza,

de pele clara, fartos impulsos

morreu.

Do sorriso elegante e de palavras certas,

de gestos convictos e verdades nem tanto

nada ficou, senão o vazio.

Era fim de manhã, apenas ficou.

O meio dia chegou e numa dessas

eu vi que nada era puro.

Mentiras. Omissões. Outra pessoa.

Nem Deus escapou imune,

pois, até Ele enrubesceu.

De ato em ato

as palavras ditas

se maldisseram...

Apagou a luz. O brilho se foi

Morreu o encanto.

Descanse em paz.

VALBER DINIZ
Enviado por VALBER DINIZ em 10/08/2013
Código do texto: T4428029
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