Lágrima de Amor

Na face uma lágrima

Traçando-se até o peito, até os seios

Guardando segredos, enredos dos veios,

De uma só melodia, da doce alquimia

Minha rima sem rima, dos lábios ébrios de mel!

Em plenas fragrâncias

Quimeras imprimem-se pela pele,

Pelo tatuar dos afagos criando lagos,

Verdadeiros espelhos d’alma, refletindo

Da noite a poesia, do olhar o amor!

Onipresente ao verso versado

O corpo encoberto em lamentos,

Hino d’um mesmo coração sangrando

Em devaneios raros, ávidos ao néctar flor,

Ventre aveludado, mãos, carícias, perdão!

Das contas do condão orações em paixão,

Um ciclo de preces etéreas como âmago de navegar!

E assim caminhou o pranto

Pelo ato, pelo fado sussurrado, mesclado

Em anversos e reversos singulares,

A magia da fantasia, do toque sutil do beijo

No colo, no embriagar das canções!

08/08/2013

Porto Alegre - RS