Janelas d’Alma

Uma imagem canta por mil palavras

Entrelaçadas, içadas ao um coração

Cortesão da razão, da emoção de um amar

Incondicional, puro, natural, como onda

Na areia pintando codinomes do gostar!

Pelas janelas d’alma há toda uma essência

Radicada em canduras, vinhos, uvas

Ao corpo deleitado, delicado, orvalhado

Como pétala de rosa abrindo-se ao crepúsculo,

Ao renascer do sussurro, a galáxia Orion, teu pranto!

Também pelas janelas d’alma

Há um luar brilhante de um beijo guardado

N’um relicário todo prateado feito à noite

Caminhante dos sonhos de amor, de despir

O calado verso em lamentos de desejar, paixão!

Janelas d’alma, do âmago, do exótico ensejo

Descrevendo-se em lamurias à flor da pele,

Ao escrevente apaixonado, pela poesia da lira

Em suas cordas de aço reverenciando o amar,

Do “eu te amo” em céus e mares do sem fim!

07/08/2013

Porto Alegre - RS