Minha pobre menina cigana
Pobre menina cigana
seu triste choro
me faz condolente, de
ti tenho penoso dó.
Minha pobre menina cigana!
Doce anjo
que se lamenta
aos ouvidos surdos
que esbravejam por aí.
Minha pobre menina cigana!
Seu nobre coração,
cascata de solidão,
sorri ao mundo,
nefasto disfarce, oh multidão!
Minha pobre menina cigana!
Sua mão pede amparo,
seu rosto um sorriso largo,
sua alma pede gentil poeta,
seus olhos um chapéu acinzentado
de esperanças.
Minha pobre menina cigana!
Que o destino te leve
ao sonho tão desejado,
que você beije eternamente
seu querido menino,
teu poeta meigamente esperado.
Minha pobre menina cigana!