Amores de anjos ou serpentes
Que versos brancos eu hei de te fazer
Para provar de meu amor em poesia?
Se a lua prateada fora, pois, tão arredia...
Quando aclamei de ajuda ao bendizer.
Ò amor que me atormenta ao enlace,
Tu és, pois, a minha ávida galhardia...
Que geme como folha na ventania
E que avermelha a minha pobre triste face.
Serena a noite, silenciosa, me convida
A entender dos amores tão pungentes...
Mas, se mal eu sei de anjos ou serpentes,
Não haveria, eu, de saber dessa doce milacria.
E assim como um cansado pescador
De volta a terra em mares de calmaria...
Sonhara encontrar seu grande amor
E assim naufragar de vez essa agonia.