Quantas vezes ...
Quantas vezes...
É, quantas vezes...
Bebi a minha dor, sombria, escaldante,
e os pensamentos loucos gritantes,
no nevoeiro, o sonho,
prendeu todo meu sentido,
meu olhar de alucinada,
relembrava nossa madrugada.
Pálida, emocionada,
sinto a convulsão,
meu pensamento,
a arder na febre do delírio,
espreita os gestos que eu vivi,
e num frêmito de louca,
lembrei, o amor, nossa emoção,
tua boca.
Era já tarde e eu continuava,
o sonho pela noite, altas horas,
minha boca exangue,
cantando o farrapo da luxúria,
recebia teu beijo,
beijo, meu beijo... Rubro de sangue...
Lakshmi
(l.T.)