CARTAS EM PEDAÇOS
Poeira dos caminhos pelos ventos,
Espalhando cartas velhas em pedaços,
Escritas por um poeta já velho e lento:
Restos de lembrança, saudade e cansaço.
Noturno e longe um trem apita seu lamento,
Levando um amor em fuga de meus braços,
Perde-se na curva, desta vida, fugaz momento,
Ergo os olhos à sua imagem, a todos os traços.
Poeira de estrelas em tempos mais risonhos,
Confusa fumaça, qual neve fria e tristonha,
Ao relembrar o calor daquele amor-verdade!
O dia em que teu castanho olhar me fitou,
Em nossas bocas úmidas o amor extravasou...
Não foi apenas um momento, foi toda a eternidade...
Poeira dos caminhos pelos ventos,
Espalhando cartas velhas em pedaços,
Escritas por um poeta já velho e lento:
Restos de lembrança, saudade e cansaço.
Noturno e longe um trem apita seu lamento,
Levando um amor em fuga de meus braços,
Perde-se na curva, desta vida, fugaz momento,
Ergo os olhos à sua imagem, a todos os traços.
Poeira de estrelas em tempos mais risonhos,
Confusa fumaça, qual neve fria e tristonha,
Ao relembrar o calor daquele amor-verdade!
O dia em que teu castanho olhar me fitou,
Em nossas bocas úmidas o amor extravasou...
Não foi apenas um momento, foi toda a eternidade...