Estreito Sentir
Primeiro foi o olhar
Inundado de luzes e canduras
Que aportou entre as letras,
Fazendo-se versos, mistérios,
Reflexos herdados do luar!
Do doce segredo ilusão
Sagrou-se pelos lábios, enfim,
O ósculo em vermelhos poesia
A se desnudar como telas nostálgicas
Pintadas em ébrios da uva ao néctar flor!
Em desejos bocas nuas,
Palavras geograficamente líricas
Revelando-se pela pele, pelo etéreo,
Por todo um universo de estros
E paixão pelos avessos de amar!
Que seja dentre a penumbra
Confesso todo o ensejo d’alma, de chama
Queimando as velas da meia-luz
Alumiando o seio, o inconfesso estreito
Do amor por veios e reversos do coração!
03/08/2013
Porto Alegre - RS