Solidão!
Em meus silêncios observo a cidade, a rua...
Pessoas alheias ou em silêncios seus,
Andam, passeiam sentam-se em bares,
A nada percebem, nem mesmo os ares
Que a estação mudou... É inverno...
As cores mudaram, a noite deita mais cedo,
Dia amanhece manhoso, sol nem sempre vem,
As nuvens carregam as cargas das chuvas.
E penso em solidão...Nesta que fica agarrada,
Que dói a alma... Que chega calada,
Nos tomando por inteiro, como noite toma o dia.
Sinto que não és só minha... Tens vários donos,
Que na vida, já tens teu lugar sagrado,
Moras junto a cada um, em tempo determinado...