Confissão

Caminho,

meio as margaridas,

flores perdidas,

meus pensamentos,

rendando o chão branco,

do meu desespero,

sob céu zombeteiro...

Tivesse um tinteiro,

rabiscava versos,

de amores dispersos,

pelo nevoeiro

desse tempo arteiro,

que rega meu ais...

Mas somente sigo,

andarilha à toa,

cantando uma loa,

sem qualquer receio...

Sobre o chão, semeio,

meus passos, desejos,

o meu bobo anseio...

- Que n´alguma curva

mesmo a vista turva,

tua imagem, alheio,

coroe o intento...

...Ver-te uma vez mais...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 03/08/2013
Reeditado em 03/08/2013
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