Confissão
Caminho,
meio as margaridas,
flores perdidas,
meus pensamentos,
rendando o chão branco,
do meu desespero,
sob céu zombeteiro...
Tivesse um tinteiro,
rabiscava versos,
de amores dispersos,
pelo nevoeiro
desse tempo arteiro,
que rega meu ais...
Mas somente sigo,
andarilha à toa,
cantando uma loa,
sem qualquer receio...
Sobre o chão, semeio,
meus passos, desejos,
o meu bobo anseio...
- Que n´alguma curva
mesmo a vista turva,
tua imagem, alheio,
coroe o intento...
...Ver-te uma vez mais...