Gramado e Canela
Tercetos, quartetos, quintetos... e rimas...
Não importa o formato.
Importa o sentimento.
O conteúdo que carrego no peito.
Fui buscar no frio do sul,
um gosto especial.
Um gosto de mel,
um gosto de luar.
Sentir na pele,
metaforicamente,
o doce do mel,
o brilho do luar.
Intimamente experimentar
sensações diferentes.
Desde aguardá-la no altar,
até viver na lua com gosto de mel.
Não foi experimentar aromas,
o chocolate quente no paladar,
ver um mundo em miniatura
ou apreciar a visão europeia do Lago Negro [coberto de neblinas].
Importa mais o sentimento puro e agradável
de acordar pela manhã
e ver os olhinhos de “índia”,
carinhosamente comparados à Pocahontas...
O vinho e o fondue
na noite fria,
não teriam o mesmo sabor
sem tua presença.
Meus olhos não apreciariam,
jamais sozinhos,
a perfeição artística
nas obras de Aldo Locatelli.
Nem seria possível
enxergar beleza
na praça das flores.
E menos ainda, apreciar suas cores.
Sua presença em corpo e voz,
compuseram melodia e dança,
acompanhados pelo apito do trem
e o seus embalos de uma cidade a outra.
Meus ouvidos agradecem...
Também por terem ouvido
histórias e músicas
das raízes coloniais.
E foi bom contemplar
a Cascata do Caracol.
A natureza e naturalidade de Canela...
Também o assombro do Castelinho de novela das seis...
Daria pra não enfatizar
o contraponto perfeito,
[a meu jeito]
do frio e o aquecedor natural que era seu corpo?
E nem seria preciso rima
para uma poesia
que estava trancafiada
dentro de um coração saudoso de felicidade.
A perfeição poética
vai muito além
de uma beleza estética.
De Tercetos, quadras, quintilhas e rimas...
Ciclicamente, tercetos, quartetos, quintetos... e rimas...
Não importa o formato.
Importa o sentimento.
O conteúdo que carrego no peito.