Qual zângano

Qual zângano,

do meu amor tudo roubas

agiotando os meus abraços

dados a outros.

Não me vêem teus olhos,

mortos abrolhos esses,

solitários de um mar infindo

que nunca viveu as longas calmarias

das também mansas vitrines

onde se expõe o amor verdadeiro.

Qual zângano,

não permaneceste em minhas reflexões

e qual zombador e ladrão

parasitaste o meu amor menino

que, como anjo,

preferiu ficar no mar

a ficar em teus abrolhos mentindo.