Céu de Paixões
Ao longe deste poema
Ainda em folha vazia, sem seus versos,
O luar desponta inundando de luz o canteiro
Do jardim, daquela sacada, da penumbra
Em verve nostálgica, face orvalhada!
A pena umedece, o papel sorve a palavra
De falar, de cantar, de acariciar pelo silêncio
Do corpo esculpido pelos lençóis,
Pelo raiar das velas em chamas perfumadas
D’onde a vida sussurra em dores, dores de amar!
Do lábio rosado poesia em lá maior,
Sugerindo pelas sombras um balé exótico
Como as asas que cruzam a noite,
Trazendo da madrugada beijos e mutações
Dignas de uma meia noite quase sem fim!
Naquele momento
Feito ondas beijando a praia,
O pranto se fez estrofe de oração e prece
Grafando na pele sonatas e sonetos
Que se compuseram entre as estrelas,
Daquele passeio, naquele céu de paixões!
29/07/2013
Porto Alegre - RS