O amor tem a dimensão do impossível.
Quanto mais se ama, fica assim maior.
Tudo que fazemos só vai ser possível.
Se fizermos par com o que for melhor.
O amor não se mede com palavras.
Pinta-se a paleta co'a mais bonita cor.
Pode ser com versos da mais bela lavra.
Pode ser com frutas de raro sabor.
O amor precisa do mais quente ninho.
Como passarinho voa onde for.
Chega bem depressa ou de mansinho.
E colore a vida, tela multicor.
O amor pode ser soprado somente.
Na bela canção, podendo ser louvor.
Inebria a alma, entorpece a mente.
E o corpo dorme, num leve torpor.
O amor é ponte que liga a alma.
Tão imaginária, Linha do Equador.
Calmante potente, traz a doce calma.
Sussurra o vento, num leve rumor.
O amor é passo de uma linda dança.
Dança a donzela com seu caçador.
Entre os arpejos, o corpo descansa.
Sendo acordado para um novo amor.
O amor é como uma badalar de sino.
Que nos acomoda junto ao Confessor.
Livra o coração, fazendo um menino.
Num bater tão louco, livre ao redor.
O amor é roupa levada na mala.
Frasco de perfume, cheirando Dior.
De uma tola alma ele sempre exala.
Cantado em nota saída de cor.
O amor é arte, talhada em pedra.
Feita pelo tempo,nosso Artista Mor.
Quem o reconhece sua vida medra.
Feliz vai viver, sem tristeza e dor.
Regina Madeira
"imagem do Google"