SOMOS COMO A NOITE E O DIA

Há um Sol

e uma Lua

disputando o espaço;

são os ventos das mudanças.

Uma presa no anzol

e uma pervertida nua

trocando os pedaços

que restaram das alianças.

Quem sabe

o que será o que será, no final?

Talvez se acabe

e se transforme em uma contemporaneidade vaginal.

Se seremos as duas partes

do todo do Cosmo,

com a força de duas mentes

unidas em uma alma:

nossa música,

o ilusionismo

gravado em pedra por nossas mãos?

Ou se sentiremos a calma

de um falso otimismo,

de um triste tratado

sobre algo como dois irmãos,

que se conhecem desde antes

de seus mundos começarem a ser inventados?

Dom Cervantes
Enviado por Dom Cervantes em 28/07/2013
Reeditado em 28/07/2013
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