CÁLICE
(Sócrates Di lima)
Insanamente me sinto bebendo,
Do cálice da tua saudade,
Cále-se o tempo se escondendo,
Na distância de cada cidade.
Ai, que no cálice dos meus desejos,
Trago e goles a vontade explicita,
Da loucura de longos beijos,
Que da alma se mostra implícita.
Rogo-vos distância extensa,
Que e aproxime assim de mim,
medida pela régua densa,
em gostas desta minha saudade sem fim.
Bebo-te no paladar das minhas vísceras,
Sedento do amor que te devora,
Posta sobre o ninho em quimeras,
prendo-te para nunca mais ir embora.
Há que este amor embriagado,
Em cálices de sonhos virtuais,
Que nos faz bem amado,
Nas viscissitudes em nós tão reais.
Úbere este nosso amor de toda hora,
Que germina cada manhã nos jardins e nossos corações,
Valha-me Deus, essa alegria que fecunda desde a aurora,
E engravida nosso amor em todas as emoções.
E assim Marcella, como a mulher divina que minha vida ubertosa,
Fez-se dona única e exlusiva deste amor viçoso,
Escrito em todas a páginas da nossa real história volumosa,
Bebemos juntos o esse amor, em cálices de amor fogoso.