Guiado pelo Farol

É noite prateada pelos de cá

Na pedra colossal o farol, guia a nau,

Sobre folha cristalina d’onde a pena

Destemida solta-se como um leme

Riscando o mar, as ondas em versos!

Feito uma face, em prantos,

Cada letra transmuta-se em flor aflorada

Inventando uma estrofe, um córrego,

Um jardim chamado de poema, luzes

Aos estros, aos astros, à rosa avermelhada!

Do olhar doce do mel,

O luar refletido em forma e cor sensual,

Em outros avessos o balé do amar com amor

Criando um carrossel inspirado no âmago,

Nas linhas plenas de uma solitude úmida!

Em plenitude a pele orvalha-se

Entrega-se ao gosto do sal da maré,

Do compasso descompassado do coração

Pulsando vivo, viço da viva ferida, em apelos,

Mais um beijo, um afago, um brinde ao ais!

26/07/2013

Porto Alegre - RS