Suave ternura

Quando me aguardas pulsando ternuras,

E os lábios atrevidos e molhados abres-me,

E do teu corpo tépido e esmero fascinas

Ignoto aroma de adventícias rosas;

Assim como toda eterna exaltação,

Nesta sucessão de força que te acoplas,

E aos meus beijos de saciar te rendes,

Sonegando às flores encarnadas gradações.

Sem risco de explosão os teus olhos

Meio que abertos, sensuais e serenos,

De tal modo olham minha suave ternura,

Que publicamente se olhasse de tal modo

Indultando-me, deveria garanti-lo

Soberano e circunspecto folha de videira.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/04/2007
Reeditado em 10/04/2007
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