DESESPERANÇA

Desesperança

Havia uma árvore alta;

Distante estavam suas galhas dos predadores da terra.

Somente as águias sabiam o lugar de nosso lar.

As aves de rapina não aceitam propina.

É difícil suborna-las em nome do infiel.

Na copa da bendita planta silvestre estava um sonhador.

O amor ocupava seu esforço mental e corporal de dizer: Aqui não tem perigo?

Doce lar; mas que é abrigo!

Um eterno amigo de quem sobrevive e vive na terra!

Os vermes da terra tramam silenciosamente.

A árvore foi atacada por insetos.

O cupim passou a reinar.

Sugou-lhe a seiva.

Caíram-lhe as folhas.

As galhas robustas ficaram como a pobre Augusta antes de morrer: Um graveto de gente!

Os roedores fizeram buracos por todo o lar.

A árvore caiu!

O ninho também!

As águias foram para o alto das montanhas.

Do penhasco, elas veem o fiasco.

A natureza se regenera. Nada se perde tudo se conserva!

Meu amor se foi e me disse até amanhã.

Esperei com fé.

O cupim reinou na madeira de lei da pobre criatura da flora.

Psiu! Vá embora!

O que?

Embora!

Ainda restam tantas copas, tantas árvores Brasil afora.

Mas, e minha pomba?

Minha avezinha foi viver seu sonho diferente.

Quem sabe de Deus um presente.

Agora está ausente.

O café cheira novamente na cozinha.

Um corpo anda com passos que me lembram de alguém.

Mas, quem?

Eu fui ver quem era.

Uma pombinha voou novamente.

Tomei o café e fiz o mesmo...

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 20/07/2013
Código do texto: T4396262
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