DESPEDIDA
Na fímbria do horizonte que defronto,
Que julgava fosse de celestial azul,
Me deparo, agora, como num confronto,
Com plúmbeas nuvens vindas do sul.
Absortamente triste eu me preparo,
Para mais um duro e amargo embate,
Pior, talvez, já sentindo muito claro,
Que será este o meu último combate,
Sem forças, exausto, quase combalido,
Penso, mesmo assim, que talvez consiga,
Muito embora, da sorte, seja um desvalido.
Insisto nessa luta, querida amiga,
Bem mais pelo amor que nunca tive,
Do que pela minha vida que não vive.
**************************************
(não deixe de ler o colega Roberto Rego)