Codinome Paixão

E chuva deitou-se pelos passeios,

Desaguando anseios, entre os seios

O pequeno pingente, lágrima latente

Da face embriagando, do rosto deslizando

Até o beijo no ventre e o toque suave do vento!

A noite é de breu pelos versos

Que rondam o jardim hoje regado em natura,

Odes ao corpo, a pele aquecendo-se na seda

No aconchego do abraço pecado sussurro

Do sublime cantar... Ao colo quase desnudo!

Dos gotejar dos telhados do sul

Toda forma do lirismo nas leis do amor

Rompendo a madrugada em canduras romanescas,

Introspectivas como alma pulsando lamentos

Por uma melancolia rubra, codinome paixão!

Da taça o vinho é bebido,

Em ébrios prosaicos alforriados pelo âmago

Latejando avessos misteriosos, imunes ao negar,

Mas intensos ao rogar da viva ferida coração,

Embevecido nos primórdios do ser, do sentimento!

18/07/2013

Porto Alegre - RS