Da Alma o Esplendor

Enfim, chegou à noite, em estrelas...

Derramou-se... Despiu-se das nuvens...

Chamando a lua para o cenho acariciar de luz,

Prata, sonho ilusão marejando do olhar,

Verbos cruzando-se pelo coração!

Na sacada o corpo trajando carmim, canta...

Encanta cada flor afagada pelo sereno,

Pleno sabor de amar ao beijar, sublime

Dos botões envolvidos pela brisa

Trazendo a nevoa, intercedendo à nostalgia!

Em dores etéreas se fez o abraço

Guardado no verso nascido no peito,

No estreito sentir do sentimento navegante,

Pulsante como o lábio decifrando a melodia

Despontando n’alma, nos detalhes do desejo!

Das infindas cores do caleidoscópio,

A pele veludo magia se contagia, declama-se

Em prelúdios prosaicos deleitados pelo amor

Sangrando em pequenas sinfonias surgindo

Do mar, beijado pelos céus, pelo singular do gostar!

16/07/2013

Porto Alegre - RS