Amor sem abobrinhas
Abobrinhas ou aboborazinhas?
Quando paramos para refletir, quase sempre nossa mente nos induz
a extrair das interpretações o que pode estar certo
e o que pode estar errado, o que é verdadeiro e o que é mentira;
o que é íntegro e o que é enganoso.
Abobrinhas ou aboborazinhas?
E assim nossa mente viaja e percorre os caminhos
das suposições, deduções e divagações do coração.
Caminhos... isso mesmo! A mente cria vários deles. E agora?
Qual o único caminho verdadeiro?
Um só é verdadeiro e todos os outros são falsos?
Ou um só é falso e todos os outros são verdadeiros?
Abobrinhas ou aboborazinhas?
Até que ponto a viagem de uma mente pode
manchar e colocar em xeque ou enfraquecer um amor?
- Estou sendo enganado(a) ou amado(a)?
Ludibriado(a) ou respeitado(a)?
Até que ponto o excesso de ligações mentais do raciocínio
pode minar a minha entrega irrestrita ao ser amado?
Ou será o contrário?... De que a riqueza de reflexões
fortalecerá ainda mais esse amor?
Abobrinhas ou aboborazinhas?
E quando precipitamos em conclusões arbitradas
Corremos o risco de julgar errado a quem se ama
E então o íntegro passar a ser ardiloso
e o confiável passa a ser suspeito
e o crente passa a ser descrente.
Nesse sentido, em tantas situações nós não chegaremos a um consenso
porque demasiadas vezes, tanto quem ama quanto quem é amado(a)
ambos estarão certos, ou ambos estarão errados!
E, é neste ponto crucial que precisamos entender
que “abobrinhas” significam a mesma coisa que “aboborazinhas”.
E assim passaremos a entender melhor um ao outro
e isso gerará em nossos corações maior confiança,
maior clareza, menor dúvida... maior amor.
Eu amo ou não amo? Acredito ou duvido? Confio ou suspeito?
Andamos de mãos dadas por este caminho ou não?
Penso que estou sendo usado(a) e manipulado(a)
ou penso que realmente quero ser usado(a) e amado(a)
por alguém em quem confio totalmente?
Resposta?
O amor por si só já basta...
Quando o amor é colocado adiante de todas essas coisas
de todos os acontecimentos, fatos, pensamentos, ouvidos e vozes,
então quem ama e quem é amado sempre irão trazer à memória
aquilo que lhes dá tanto a esperança quanto a certeza
de que estão convivendo com alguém que, verdadeiramente,
o(a) leva muito a sério nessa maravilhosa estória de amor,
de espera, de experiência única, exclusiva e afinal,
para um desfecho que está sendo alimentado com tanta ternura
desde ontem, hoje, e sempre...
Logo, agindo pela atitude da crença no amor impossível sempre possível
e retirando a dúvida da presunção e a oscilação da incerteza,
transformaremos o amor na graça e no perdão
para reputar em nossa mente uma única certeza:
- Ele(a) me ama de verdade, não importam as suas imperfeições,
erros e omissões, pois ele(a) está aqui, ao meu lado,
para juntos completarmos um ao outro em nossos dias.
E então, agindo assim, nossos pensamentos e divagações não passarão
de meras conjecturas e abobrinhas... Ou seriam aboborazinhas?