GRAMA MOLHADA

O cheiro da grama molhada,

pra longe, me fez viajar.

Foi nela, que lhe pus deitada

e pude, em você, me encontrar.

Nós dois, debaixo da lua,

amor a nos desvendar.

Você, para mim, ficou nua,

eu, só querendo lhe amar.

Toques, gemidos trocados,

ninguém a nos perturbar.

Corpos febris e suados,

querendo, de tudo, provar.

Duas crianças, amantes,

buscando o prazer encontrar.

Caminhos tortos, errantes

e um só lugar pra chegar.

De repente, a explosão,

sussurros e gritos no ar.

Gozos selaram a paixão,

um beijo para recordar.

Tanto tempo passou

mas, dela, não me esqueci.

Aquele momento marcou.

Que pena, nunca mais lhe vi.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 16/07/2013
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