Amor Pacífico e Fecundo

Não quero amor

que não saiba dominar-se,

desse, como vinho espumante,

que parte o copo e se entorna,

perdido num instante.

Dá-me esse amor fresco e puro

como a tua chuva,

que abençoa a terra sequiosa,

e enche as talhas do lar.

Amor que penetre até ao centro da vida,

e dali se estenda como seiva invisível,

até aos ramos da árvore da existência,

e faça nascer

as flores e os frutos.

Dá-me esse amor

que conserva tranquilo o coração,

na plenitude da paz!

Rabindranath Tagore
Enviado por Zorro Poeta em 14/07/2013
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