Magia do Amar
Ah, fabulosa utopia dos versos
Em deslize pelo corpo desnudando-se
Da seda alva, cobrindo o ventre do vento
Cantando pelo arvoredo seco, e pelo jardim
Voejo valsar, ao lábio a fruta rubra!
Sobre o chão em ladrilhos portugueses
Cai o véu deixando o peito nu ao luar,
Do alto da sacada beijando o mar, espelhando-se
Como testemunha lírica da folha sem pautas,
Do sussurro trilhando entre os cabelos soltos a noite!
Enquanto as cordas vibram
Dando melodia ao ecoar da noite traçando-se,
Em velos solitários, sobre a pele germina o pranto
Lapidando cada toque efêmero, um gole ao imo
Bebendo em avessos, palavras d’alma, amar!
Os sinos em seus badalares trazem enfim,
A madrugada em doces afagos, dores, pingentes,
Sentidos embriagados pelo raiar da poesia
Escrita pelos signos da paixão, etérea ocasião
Sublimando-se pelo corpo aquecido pelo abraço,
Pelo gosto da maré alta declamando-se em magia!
13/07/2013
Porto Alegre - RS