A CIGANA por Danka Maia
O meu bailado
Me faz senhora
Meu piso é forte
É onde quero.
Trago na ginga
Os meus traçados,
Nos meus mistérios
Os sortilégios,
De uma mulher
Que sabem bem,
O que se quer.
Bate comigo gadjó,
Bate comigo!
Vem no compasso dos meus pés,
Que são fiéis
As tradições
Onde os leões
Viram fiéis.
Roda comigo,
Vem no meu ombro,
Olha no meu olho,
Que aqui que eu te domo.
Mostra tua força,
Vibra teu laço,
E faz o que eu faço,
No gingado dos meus pés!
Baila comigo!
Abala os trovões,
Ignora os grilhões,
Pisa comigo!
Mostra teus dons!
Sangue calon é diferente,
Mescla o ousado,
Não teme o incoerente,
Buli com a rosa,
Dança com sombra
Zomba do riso
Tem cheiro de gente.
Vem cá comigo, meu gadjó!
Aproveita que a gira logo alcança.
E a tua linda se vai,
Sim, tu perderás está cigana.
Envolve comigo,
Faz do teu segundo,
Teu mundo,
Porque quando
Se aquietar está batida,
Irá com ela meu coração.
Ai Não...
Se foi!
E Agora?
Espera.
Que a tua alma,
Jaz na minha mão!