Apologia à poesia
Venham das mãos poetas,
as dores invisíveis...
Venham no abalo tristonho,
da angustia, do abandono,
em tantas carícias possíveis...!
Venham ao vento do meu sul,
na minuana realidade...
Poesias para meu amor,
cantigas que lembrem a flor,
nuas de toda a vaidade...!
Venham nas estrelas da noite,
e caladas digam, aqui estou...
Façam-se beleza ao nascer do dia,
sejam singelas como esta apologia,
sejam os olhos de quem as entoou...!