ALGUÉM EMBAIXO DO CAPUZ

no azulão brega-night

cantorejos engasfalhados

bandeiam depravações violadas,

para protesto dos galos

feromônia mania de púbis aberta:

ruína da poesia e do direito,

caminhada desleixada de pé descalço

coloca a cabeça no mundo da rua

de todo lugar

Percorrência afoita foi-se

ladeireando sem intenção de voltar,

desnocaute mostra

na precisão da miragem

a bruxa esperando na clareira

c'o café na mesa

A cantiga de roda girou baile

vaquejando a preciosa tentação da carne,

no vale-coxa da carteira recheada

alguém embaixo do capuz

e de cajado solta a gargalhada

e espalha a poeira da escuridão

pela noite afora

baforando longeada