há uma vontade pulsante
- entre essas brasas -
de ser-me terna carícia...
Um luzeiro soturno
entre o crepúsculo e a aurora,
que me acomete sem mesuras
e fustiga meus abismos...
Há um grito atravessado,
grafado nos olhos de horizonte,
bramindo-me esse teu brilho
nesses poentes tão meus...
Qual poema renitente e rosado
valsando em madressilva sobre a derme,
desesperando minha alma
ao passo que docemente se aninha...
valsando em madressilva sobre a derme,
desesperando minha alma
ao passo que docemente se aninha...
Há um amor ardente que me alicia...
Que crepita e me toma em cântaros
entre essas distâncias que se tocam
e assomam essa minha loucura
Que crepita e me toma em cântaros
entre essas distâncias que se tocam
e assomam essa minha loucura
de fundir-me à tua alma, olhos e poesia...
Denise Matos