Amor e poesia***

Pouco a pouco surgirão as palavras.

Sinto no corpo o peso da alma.

Tento reter na mente as palavras

Como alguém que à morte

Se agarra à vida,

Ouvindo tocar na mente

A voz do amor,

Fundando em mim doloroso silêncio.

Fecundo e dorido silêncio

Que não virá da alma ruída,

Mas do momento do amor,

Juras amantes,

Mais que palavras,

Sopro de vida.

E no gozo intenso será expelido

O poema, explodindo violentamente o silêncio,

A vida correndo pelos

Escaninhos da alma,

Mostrando a face oculta das palavras

Esvaída pelo prazer.

No lençol manchado de amor,

O poema terminado,

A boca esquecida de palavras,

Corpo satisfeito, impregnado de poesia.

Mariah Bonitah
Enviado por Mariah Bonitah em 10/07/2013
Código do texto: T4380534
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