UMA JANELA ABERTA NO CÉU DA ESTRADA QUE LEVA À ETERNIDADE
A Alguém óbvio…
UMA JANELA ABERTA NO CÉU DA ESTRADA QUE LEVA À ETERNIDADE
Amo com amor
Sem esperança
Mas com indómita vontade
Amo e assim construo
Uma Janela aberta no céu da estrada que leva à eternidade
Sofro assim,
Sou um artesão na arte de sofrer
Construindo sentires e poemas
Que ninguém sente
Ninguém vai ler
A não ser ver parte da minha infinita interioridade
Que se pode ver n’
Uma Janela aberta no céu da estrada que leva à eternidade
E eu, agora aqui sozinho
Bem no meu cantinho
Gostava de acreditar em Deus
Para ele ver o belo que sinto
Neste solitário caminho
Para Ele ver que por Amor
Estou com todas as minhas forças a transformá-lo em amizade
Fazendo algo de talvez nunca visto
Uma Janela aberta no céu da estrada que leva à eternidade
Porque mesmo como amigo
De certa forma sinto-me nas nuvens quando sinto que Ela está comigo
E nem queiram pois imaginar
O que sinto quando me deixo apaixonar
Pomba branca que tenho presa de mim e não deixo voar
Porque não quero que o seu voo amoroso a nossa amizade possa atrapalhar
E a minha história foi para sempre alterada o meu rumo alterei
Pois nunca como dela tanto gostei
Mesmo como amiga
Nunca me senti assim por ser como ela deseja uma pessoa querida
E o céu está tão perto do meu coração
Basta lembrar-me dela
Para subir até ele e me deixar levar pela emoção
E é estranho, porque há alturas dolorosas em que me sinto tão sozinho
Mas que há uma voz que me sibila aos ouvidos
“nada receies, eu estou contigo”
E ela é bela, tem o mais belo sorriso do mundo
Ela é gentil e tem um olhar quase divino de tão sorridente, de tão profundo
E eu estou confuso…Tenho o orgulho de Ela amar
Embora isso de novo nem de velho me traga
A não ser um eterno navegar
Pelo que sou pelo que quero ir
Quero-a como Amiga
Nesse incógnito porvir
Não a quero nunca perder da minha vista
Pois mesmo quando a deixar de amar
Ela será um pedaço do meu céu
Das minhas estrelas
Sem as quais não sei respirar
Ela é uma Rainha
À qual não estou destinado a ser o seu Rei
Apenas um súbdito que vê o amor à distância
E não lhe pode tocar
Mas…sim, isso ninguém me tira
Com ela gosto de docemente sonhar
Esperando que os seus sonhos também possam ser os meus
Na esperança vã de podermos amar a mesma cor do céu
Da cor da nossa imaginação
Porque pelo menos seremos amigos nas planícies da imensidão
Porque ela desperta o bem em mim, incógnitas e portentosas faculdades
Estará para sempre no meu coração e por ela imaginei esta
Uma Janela aberta no céu da estrada que leva à eternidade