Metade.
Lágrimas que saltam,
Rios que emanam e perguntam:
_ Onde estás?
Vivo só das lembranças
Das doces andanças
Descalços por aí
E quantos abraços,
Quantos olhares felizes,
Risos que ficaram e marcaram!
Oh, como é bom recordar,
Mas não sozinho
Se o sonho era a dois
Duas metades, dois corações.
As andanças, agora, estão cansadas
O riso deu lugar ao rio,
Os abraços, as lágrimas!
Sem receio, procuro,
E não encontro por que estou só!
E ficarei e esperarei,
E um dia as metades serão um só,
Outra vez.