Protegida entre espinhos

Olhei dentro de seus olhos 

Vi que toda aquela rebeldia
 
Toda aquela rispidez 
 
Era para se proteger
 
Pois, a mim parecia
 
Que apenas ali se escondia 

Um Ser carente 

Que estampava ser forte 

No entanto, era muito dependente 

Isto era facilmente percebido 

Quando ao ser carinhada 

Com certa facilidade se entregava 

E o que mais desejava e pedia 

Era que fosse amada 

Quando  se sentia protegida 

Toda sua rigidez era desfeita 

E agasalhava em meu peito 

Pedia-me colo com doçura, ternura 

Era como extrair o perfume 

Daquela linda flor 

Blindada entre espinhos.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 04/04/2007
Reeditado em 04/04/2007
Código do texto: T437624